terça-feira, 31 de agosto de 2010

BREVEMENTE A CIRCULAR LIVREMENTE NAS RUAS: O REY DOS BANDIDOS

A Squarmoff apresenta a 1ª de uma saga de 5 mix-tapes, de Ready Neutro, elemento da Krep-Son e um dos melhores punchelinners desse mambo que chamam de game.


Brevemente pra download aqui no blog o som promocional: 125 UTT's.


J.I


SESSÕES DE ESTÚDIO: FILHOS DA ALA ESTE & AFRONTAMENTO

Apartir d'aqui passaremos a apresentar uma saga de videos que retratam o regresso aos estúdios destes dois pilares do RAP polítiko.

Comecemos por este de Nkkappa (Afrontamento):




J.I

BREVEMENTE: MIXTAPE DE SARKÁZTIKU


Directamente da produtora Rés do Xaum, chegam-nos estas músicas sarcásticamente bombásticas.

Baixem e curtam:
http://www.mediafire.com/?rc09vikqx038cc6

J.I

quinta-feira, 1 de julho de 2010

DESCANSA EM PAZ, SUBSTÂNCIA!

A equipa do Balumukenu lamenta a morte deste que era uma voz promissora no nosso Hip Hop.

J.I

TARDE DE HIP HOP

"No próximo dia 04 de Julho, Tarde de Hip Hop de volta no bairro Cassequel, rua 55 ao lado da tabela de basquetebol. Tivemos alguns problemas quanto ao recinto anterio e por isso tivemos de mudar.

A organização continua a ser das 3 produtoras: eTu - Produsons, Groove e Ideias Fixe.


Para + inf.: 914 063 045.


PAz ."



J.I

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O Teu Rapper Favorito É Angolano?


Certamente o caro(a) leitor(a) estaria a indagar-se o título deste artigo, mas vou reiterar a pergunta, o teu rapper favorito é angolano?

Certamente a maior parte dos rappers e leitores (as) responderiam que não, diriam o nome de um rapper americano, brasileiro, francês ou de outro país qualquer. Não se surpreenda, escrevo isso como corolário de muitas entrevistas que oiço de muitos músicos da nossa praça musical, é exactamente isso que se passa, ainda não achamos os nossos suficientemente bons para nos inspirarmos neles (nos nossos). Não é mau nenhum ter um rapper angolano como fonte de inspiração, ou sonhar um dia cantar com um MC angolano, a verdade é que passamos tempo demais a prosternar-nos uns aos outros, sem nos apercebermos que simplesmente estamos a auto desvalorizar-nos.

Quantos rappers compõem músicas inspiradas em músicas de outros rappers nacionais mas não o admitem?

R: Muito, nem quero citar nomes. Isto vem espelhar o complexo de inferioridade que ainda rege as mentes de muitos de nós, mas tal comportamento não restringe-se aos cantores, isso repercute-se também no público, que ouve e gosta das músicas, mas finge que não conhece ou que não gosta do cantor.

Meus senhores (as) chegou a altura de não pensarmos que o bom é só que vem de fora, cá dentro também se faz coisa boa, cabe a nós engrenarmos a valorizar, acreditarmos mais em nós. O caro(a) leitor(a) pode começar por fazer a sua parte, ouvindo e divulgando o Mwangolé hip hop (hip hop de Angola).


Transmissor

domingo, 30 de maio de 2010

2ª EDIÇÃO DA TARDE DE HIP HOP



Foi num Domingo de sol, céu aberto, dia 16 de Maio de 2010, que o nosso destino foi o bairro Cassequel do Buraco, na rua do Hotel Forum, a convite de Eduardo Sidarta. O evento era ´´Tarde de Hip-Hop´´, se muitos ainda não conhecem, então vão passar a conhecer.

Nós (Balumukenuhiphop) chegamos ao evento por volta das 17:07, assim que chegamos o ambiente já começava a aquecer, estavam vários MC's a fazer improvisos, mostravam as suas habilidades, exalando para todos que ainda há MC's que têm em si a verdadeira essência do Hip-Hop.

Mais tarde, depois do aquecimento pisaram ao palco Malamba e Kiambote, Urban Beat, Black Historiador, AM, Guardião acompanhado por Level Króniko, Eleicy e Black, Caixa de Pandora, 18ºEsquadrilha e outros grupos e MC's.

Houve um momento do espectáculo em que A Caixa De Pandora já havia cantado duas músicas, prontos para cantar a terceira, havia dois rappers a reclamar, exclamando: "Aqui não é para apresentar álbum ", para não estragar o espectáculo os mesmos ignoraram e continuaram a cantar.

Quando o clima do evento estava a esfriar um pouco, o grupo 18º Esquadrilha, veio reanimar as coisas, entraram super animados, proferindo algumas palavras de consciência para o público, foi deveras bom.

Aos realizadores do evento fica a nota positiva pela criatividade, desejamos muita força e ao público que apareçam em massa e cedo.


Eduardo Sidarta (no meio) e dois manos da organização


Silla, a apresentadora


O aquecimento com sessão de freestyle


Ainda no free, Killahome (gravem este nome)


E o público começa a aderir


Grove Família


Malamba & Kiambote


Urban Beat


Wyma Nayobi


Stop Nega Records


Guardião & Level Króniko


Um público bastante diversificado


Black & Eleicy


Caixa de Pandora


18ª Esquadrilha


Etu Produsons " Hip Hop for life". VALEU!


Balumukenu

sexta-feira, 14 de maio de 2010

TARDES DE HIP HOP


"Haverá momentos de Freestyle e Breack Dance.
Participações especiais de Groove Familia, Urban Beat, Raf Tag, 18ª Esquadrilha, Shine, Ti Kufa, Mano Ndoko, Wima Naiobe, Sobreviventes do Inferno, Caixa de Pandora."

"A realização deste evento está à cargo das produtoras Groove Familia, Ideias Fixes e eTu- Produsons."



J.I

segunda-feira, 10 de maio de 2010

MISTURA DE RAP COM KUDURO


Ainda me lembro dos tempos que já lá se foram, em que muitos rappers chamavam o Kuduro de tráfico de burrice, o Kuduro tal como todo estilo novo, foi duramente criticado, renegado de diversos modos, não se imaginava na altura que um dia veríamos misturas de Rap com Kuduro, o facto é que tornou-se mesmo realidade.

Para muitos conservadores a mistura de Rap com Kuduro vem desvalorizar o Rap, para outros nem por isso, mas a verdade é que tal mistura só vem mostrar mais uma vez a capacidade criativa e inovativa que os nossos cantores têm, estamos a fazer algo que só em Angola se vê, se calhar daqui algum tempo vamos ver outros cantores de outros países a fazem o mesmo, a fazerem algo que os angolanos criaram, meus senhores não sejamos destrutivos, olhem para essa mistura (Rap com Kuduro) como uma nova onda, tal como foi o reggaeton, o cranck, scalinguedon (dos Keima Roupa) e outros; há que parar de olhar para os nossos e para o que é nosso de forma depreciativa.

Não quero aqui deixar a impressão que as misturas de Rap com Kuduro só têm pontos positivos, o facto de tais misturas serem cada vez mais crescentes, só vem mostrar a pouca aceitação do Rap em Angola enquanto estilo de massas, verdade seja dita o Rap em Angola ainda é um estilo de grupos restritos, só num ou noutro caso é que vai mais longe.

Por outro lado muitos foram os rappers que outrora juraram nunca fazerem Kuduro, e hoje os mesmos o fazem, não devemos despreza-los ou critica-los, devemos sim tirar uma lição, "temos que ter cuidado com as nossas bocas pois o futuro não nos pertence."


Transmissor

sexta-feira, 16 de abril de 2010

MÚSICAS À BORLIÚ

Mais uma remessa de sons que não podes deixar de ter na tua colecção:



* Amor Sem Amor - Transmissor

Nos dias que correm é muito comum ouvir-se a frase “eu te amo”, tão comum que esta acabou por se tornar numa expressão corriqueira. Este som fala exactamente sobre isso; leva-nos a reflectir sobre até que ponto estamos a ser sinceros quando a usamos, até que ponto somos capazes de realmente amar alguém e como este sentimento se deveria reflectir na nossa conduta diária. Amor de emoção ou amor do coração?



http://www.mediafire.com/?jymdzwytyje






* Real Hip Hop - Filhos da Arte & Raf Tag



Beat fudido e flow filipado. Fillhos da Arte e Raf Tag unem-se nessa faixa para mais uma vez empurrar para fora desta estrada artistas armados em hip hopper´s, mas que do Rap (mal feito) não passam. Este som vem mostrar que o underground vai estar para sempre no poder.



http://www.mediafire.com/?iljt2eyoyy0






* Sorrisos Imperfeitos - Bob Da Rage Sense & Dino



Ora aí está um tema remonta a origem do Hip Hop: o racismo. Desde o despontar do Hip Hop enquanto movimento que os rappers têm pressionado esta tecla social.


Mas nem por isso Bob Da Rage Sense foi retrógrado na sua abordagem; esta é uma realidade muito actual, mas a resistência continua porque quanto maior for o ódio, maior é a força do amor.



http://www.mediafire.com/?o2vkzkk5nmz






* Palavras Serão Palavras - Ikonoklasta & Supremo G



Granda som. Pra quem ainda não entendeu o que significa o termo “revolução”, para aqueles que passam a vida a gritar por ela, mas não passam disso mesmo. É pura hipocrisia clamar por revolução quando os nossos próprios actos não condizem com as nossas palavras, é pura demagogia gritar revolução trancados dentro de casa (ou no estúdio).



http://www.mediafire.com/?nmyiwfznq5y






J.I



segunda-feira, 12 de abril de 2010

VIDEO: Bob da Rage Sense - Andar à Chuva

Video de uma das música de seu mais recente álbum: Diários de Marcos Robert.


Brevemente, aqui no blog, uma análise deste álbum.



Bob Da Rage Sense - "Andar à Chuva"

Antena 3 MySpace Music Videos




J.I

terça-feira, 6 de abril de 2010

MIXTAPE SOLDADOS GELADOS


Agora é moda lançar-se mixtapes e diga-se em abono da verdade que a maioria delas é sem conteúdo socialmente relevante; beefs mal passados, street Rap que não é da rua, etc, etc. Mas aqui, como vós já sabeis, só apresentamos mambos diferentes e que realmente valem à pena.

Desta vez são Mr. Freezer & Versátil Man a mostrarem que mesmo sem as melhores condições se pode fazer bom Rap: boa mensagem e flow “pra karai”. Soldados Gelados.

Estão de parabéns, os manos!

Baixem o mambo via www.gmovimento2.blogspot.com:


www.4shared.com/file/252786275/11dd0558/Mix-Tape_Soldados_Gelados-wwwg.html


J.I

domingo, 4 de abril de 2010

ANGOBEATZ

"Pretende-se abrir um blog on-line para venda de beats, e pretende-se ter pelo menos 30 associados (Produtores) para fornecerem beats ao blog, para os visitantes, ou seja; rappers ouvirem e fechar-se negócio."

Qualquer dúvida e para mais informação, contactem: angobeats@hotmail.com


J.I

sexta-feira, 2 de abril de 2010

CATAPULTA: Autopsiah - Promo



Download link:

http://www.mediafire.com/file/a1m2wwhd2dm/autopsiah%20promo%20by%20blokooperatorio.zip



J.I

quarta-feira, 3 de março de 2010

ENTREVISTA: Nganga Wa M'bote (Filho da Ala Este)



Zona Sul - Quem é, e porquê Nganga wa mbote?

Nganga wa Mbote: Meu nome de registo é Paulo Manuel Magalhães, nascido aos 20 de Abril de 1978,
adoptei o nome de Nganga wa Mbote devido a Afro-renascença, fugindo e banalizando as culturas euro-cêntricas,porque os nomes na língua materna têm uma identidade,uma
Cultura,um significado concreto e na língua materna Kimbundo, Nganga Wa Mbote significa (feiticeiro do bem).

ZS - Quando é que começou a cantar, e quais foram as suas influências?

NwM: Comecei a cantar em 1993, e gravei a minha primeira música no mesmo ano no estudio
Futuro do Mister Power, e as minhas influências vieram do House music, eu escutava muita música electrónica, eu ficava contagiado quando ouvisse o grupo Real to Real,
Sneep, Mc Hummer, depois fui subindo, ouvindo Naughty by Nature, N.W.A e Das Efx.
Cá na banda sentia as cenas dos manos como Soldados de Rua, G.C Unite de Kool Klever, Acção Positiva, etc...



Nganga Wa M'bote e Wyma Nayoby (Filhos da Ala Este)


ZS - Os Filhos Da Ala Este fazem Rap desde os anos 90, é um dos veteranos e carismáticos grupos de Rap underground em Angola, sendo isso, porque até agora não lança uma obra discográfica?

NwM: É assim, na altura devido a certas situações precárias que o país vivia, tínhamos chegado a um acordo que não era o momento certo para lançarmos um disco, não havia incentivo por parte do próprio movimento Hip Hop alternativo, também devido ao medo que havia por partes das ditas gravadoras independentes não arriscaram ou seja não apostaram nos Filhos Da Ala Este, e por outra, certos elementos do grupo dedicaram-se
mais às suas formações profissionais, uns constituíram famílias, uns emigraram… enfim.
Mas com tudo estamos a trabalhar na medida possível que este ano ainda o disco da Ala Este saia, estamos a bumbar no sentido, não fugindo da nossa tecla, politicamente Rap.

ZS - Num contexto geral leva a música como uma profissão?

NwM: Sendo um artista de intervenção, um ativista do rap eu digo que levo a música Rap como escola da minha vida, sendo ela arte, alimento para alma, então uso-a como veículo de protesto, de educação, Rap é arte de rua e eu não fugi à regra. Agora leva-la como profissão, ainda é um pouco complicada.

ZS - Qual é a analise que faz do Rap de ontem, e o Rap de hoje?

NwM: Anteriormente éramos mais unidos, havia mais meetings, palestras, workshops, espectáculos, enfim, a paz de espírito, a irmandade, a vontade de trabalho reinava
no seio do movimento, e fazia-se sentir o Rap na rua. Agora no Rap de hoje é só intrigas o chamado beef, não há união, há muitos conflitos entre os rappers, estão a cagar para a música arte, cada um por si. Mas não significa que não se faz um bom Rap, há muitos bons Mc's nesta nova geração, mas é necessário que haja mais conexão entre os rappers. Sinto a falta de B.boy's, grafiteiros e Dj's de Rap que quase não existem, são muito poucos.


ZS - Qual é o teu ponto de vista do Rap underground e o mainstream (comercial)?

NwM: Para mim, quem intitula-se comercial, é como um porco que entrega-se à lama
porque a música é que é comercializada, e não o artista, até porque não adianta retratar coisa que não tens ou não vives, esta tudo bem que o Rap tambem é diversão, mas eu não faço comédia com a minha música. Falando do Underground, é aquele que faz música por um proposito, por um objectivo social, que tem uma mensagem positiva, um despertar de conciência, só é mesmo underground quem realmente vive, e sente o Rap.

Nganga numa performance no Salão Verde (Noites de Ritmo Arte & Poesia)

ZS - Sendo um Mc actualizado, és da opinião que foi num momento certo a organização do can de 2010 em Angola?

NwM: No meu ponto de vista sim, fez-se quatro magníficos estádios, que na minha opinião
é a maior e melhor obra que o governo ja fez em curto espaço de tempo, é uma mais valia no sector do desporto e não só, surgirão aberturas de novos empregos, e vamos ter daqui endiante parceria com outros paises em termos de actividades desportivas, é melhor um estádio do que uma simples ponte(risos)...

ZS - O que tens a dizer sobre a nova Constituição?

NwM: Na minha forma de analisar as cenas, não vai haver uma mudança enquanto a lei só for para pobres, não há democracia onde a lei só protege a burguesia. Se Angola é uma nação livre, soberana e democrática então que haja uma política transparente onde a lei se faça sentir, lei para todos. Mas vamos esperar o Presidente da República disse e muito bem "tolerância zero" (risos).

ZS - Que sentimento e nostalgia tens dos MC´s e Crew’s de outrora?

NwM: Epá até dá vontade de chorar de nostalgia quando lembro dos manos da minha época, foi a melhor fase que o Hip Hop Angolano já teve, é difícil esquecer manos como: Reino Suburbano, Zip, Soldados de Rua, Pobres 100 Culpa, Mutu Moxi, Fortaleza Neutra, Prollema Sul, Inferno 9, Afrontamento, Incógnitos do Arredor, Família B.K, Anónimos, os activistas do Movimento da Konsciência Revolucionária, são muitos que agora não me vêm à memória, mas contudo paz e amor para os manos de ontem.




ZS - 2 MC´s e 2 produtores nacionais?

NwM: Adhamou (Filhos da Ala Este) e o Intelectu tcc Mutu Moxi. Produtores eu admiro muito o D.H ele é muito original e talentoso, outro é o puto Yony da X-Music, é um produtor não conhecido mas acredito que tarde ou cedo estará na ribalta da produção.

ZS - 2 MC´s e 2 produtores internacionais?

NwM: MC´s: KRS-ONE e Last Imperius. Produtores: Vinci Paxi e 9th Wonder.

ZS – Hobbies?

NwM: Uma boa cerveja fresca, um churrasco na companhia de amigos, estar com minha pequena, namorar, construir ideias, escrever e ouvir música.

ZS - Projecto de momento?

NwM: Meu EP a solo que sai brevemente, intitulado "A lógica" que esta a ser preparado no Fontenário Recordez, e o álbum dos Filhos da Ala Este.


Fontes:

entrevista: http://www.zonasulupv.blogspot.com/

fotos: Carbono (CCC Produsons)

J.I

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Kinganda, O Rapaz Comum



Proveniente de uma das lendárias clic's do Hip Hop Luandense (a Koligação Periférika), Kinganda ressurge com a mixtape Rapaz Comum.

Sobre si, ele tem a dizer o seguinte:

"Eu acho que Rap é aquela raiz da africanidade com que eu nasci, as diferenças socias, racismo, miséria do meu povo da periferia me motivou em 1994 a entrar de cabeça erguida nesta realidade que se chama movimento Hip Hop. Em 1996 conheci o Yade-di (formamos o grupo Afro Renascênça..Yade-di, Hífen e eu) e aderimos ao Núcleo de Rap (1º movimento independente de Rap em Angola) lá onde conheci grupos e individuos como: Pobres Sem Culpa, Wyma Nayobi, Mutu Moxi, Tala-Hadi, Xitu Kumulukumba, Tetebua, Dread Josefh Kagihadi, Buda Lecalu e outros(fomos os impulsionadores da afro renascença no Rap Angolano). Em 1999 formei com Pelé, Garbo, Hífen, Kudibanguela o PROLLEMA SUL (meu grupo actual com Amak-yeve, Hífen, Garbo, Zua, Kuvumba, Kudibanguela) aquilo foi a minha entrada em grande nos palcos de Rap, tínhamos classe e conseguimos ganhar respeito ao mostrar com músicas como ..Suprema Sabedoria..(letra de Kinganda)e ..Filhos da Buala..(Letra de Hífen e Kinganda) que mereciamos o sucesso que tínhamos...Prollema Sul trabalhou com inúmeros grupos notáveis na altura, em campanhas de limpeza nas escolas e em algumas ruas do Rocha Pinto, Samba e Morro Bento, tal como em palestras e campanhas de sensibilização. Formamos a Koligação Periférika(Inferno 9, Geração Revolucionária, Wyma Nayobi, Yade-di, Mc K, Seba, Afro Bantu, Galáxia Suburbana, Tribo dos Animais Racionais e o Prollema Sul) ali conquistamos nosso espaço e dávamos nossos shows porque só a K.P.(+ de 100 elementos) enchia as casas de shows.... esse tempo passou, tivemos de emigrar para África do Sul (Garbo, Kuvumba e Eu),de lá conseguimos em 2002 tirar o 1º album do grupo gravado na Making Music por DJ Caramel o album ficou por lá (venda limitada) só chegou em Angola em 2004 vendemos na Lac(foi rocha total). Criei um blog (http://www.zonasulupv.blogspot.com/) e uma gravadora, distribuidora, editora (Fontenário Recordez) com Amak-yeve, hífen e Introspectivo. Neste momento estou a trabalhar para o meu 1º album a solo intitulado ..Salmos 23..que sairá depois da minha mixtape..Rapaz Comum Vol. 1, JÀ DISPONIVÈL NAS RUAS DE LUANDA..principalmente nos becos... para obter ligue para 0244 933 70 7367 em Luanda (Angola)."

Veja o conteúdo da mixtape:



J.I

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DJI foFINHA vs KrIDa MC



O Hip Hop é uma cultura de auto afirmação, é um movimento de emancipação não só colectiva mas pessoal tambem. Decorrente disso, é natural que hajam, algumas vezes, confrontos entre hip hoppers que pensem ou se expressem de maneiras diferentes.

Não é novidade ouvir rappers “a se bifarem”, quanto mais não seja desde que os rappers se deram conta que o “beef” atrai até si a atenção das pessoas, resultando num proveitoso golpe de marketing. O que não é mau de todo; desavenças entre rappers, quando mantidas estritamente no campo musical, podem ser um óptimo ingrediente para apimentar o movimento Hip Hop, daí que muitos defendam que “os ‘niggas’ têm de se bifar sim senhora”.

Recentemente demo-nos conta de um beef entre dois grandes novos nomes do cenário Hip Hop Mwangolé, nomeadamente Dji Tafinha e Kid Mc. Tudo começou quando o primeiro dedicou metade de uma música (Relatório I) à um ataque directo à Kid Mc. Justificado por se sentir inconfortável com algumas dicas que o segundo deu na música promocional para a mixtape Breves Considerações e noutras mais. E indignado tambem pelo facto de depois de ter negado um convite seu de participação, Kid Mc, supostamente andava por aí a vangloriar-se por ter indeferido um convite do grande Dji Tafinha, por este ser “fraco”.

Até aí, a situação parece-nos “normal” (dentro daquilo que são os parâmetros do Hip Hop, supracitados), reservando à Dji Tafinha o direito de resposta, por de alguma forma se sentir atacado.

Mas ainda face ao silêncio de Kid Mc, Dji Tafinha lança o Relatório II, uma suposta (sim, suposta) gravação de uma conversa em que Kid Mc faz um discurso completamente descabido. Foi o descalabro;

Ficamos sem saber se a intenção de Dji Tafinha era limpar o seu nome ou ganhar algum protagonismo no seio do Hip Hop Underground.

Face à isto, Kid Mc lança uma música não muito diferente daquilo à que nos habituou; “eu sou forte e verdadeiro, tú és fraco e falso, etc e tal”, aquilo que é o seu conceito de Underground. Mas uma resposta bem à medida.

Esperamos que esta desavença fique por aqui, e que os dois intervenientes tenham subtraído dela o que de melhor podiam abstrair;

O Dji Tafinha que tenha maior controlo sobre a elasticidade do seu alter-ego, que não se esqueça de onde veio e que esteja bem consciente que seja qual for o patamar que a sua carreira atinja, nunca será (nem se sentirá) completo se não tiver o reconhecimento dos da massa cinzenta do Hip Hop.

O Kid Mc, que na opinião da maioria saiu victorioso do beef, comece a ganhar consciência da sua responsabilidade social perante os seus admiradores e seguidores, que não poucos. Comece realmente a tornar as suas músicas mais sociais, mais positivistas (não que sejam o contrário), de modo a ser um verdadeiro ponto orientador para esta enorme camada juvenil que consigo arrasta. Contribuindo assim para que o Hip Hop seja visto por todos como um pilar sócio-juvenil.



E por serem os dois pequenos grandes MC´s vale mesmo a pena baixar e curtir os sons do beef:


Dji Tafinha - Relatório I



Kid Mc - Velório

http://www.mediafire.com/?mwtndjjmcmn



Foto por Lionel


J.I