sábado, 27 de dezembro de 2008

PARA QUÊ DENEGRIR O QUE NÃO COMPREENDEMOS

Há um tempo atrás numa das edições do programa Tchilar do Canal 2 da Televisão Pública de Angola, na qual os Rappers Kalibrados foram convidados para cantar algumas faixas musicais referentes ao seu mais novo álbum intitulado “Cartas na Mesa” .Foi – lhes interrogado acerca do estado do Mwangolê hip-hop (Hip-hop angolano), segundo os mesmos o movimento por cá não anda bem, pois são poucos os grupos e cantores com criatividade ou seja a maior parte dos rappers limitam-se a imitar. Ainda no decorrer do programa aos mesmos foi questionado acerca do underground, o produtor do grupo cognominado “Laton” mostrou-se totalmente contra o underground e contra aqueles que o fazem, dizendo que agora ele faz música e antes não o fazia, como se o underground não fosse música, o mesmo proferiu ainda que: "os undergrounds simplesmente criticam a sociedade, o governo, falam do que é negativo, metendo-se na posição de salvadores, como se eles fossem a solução dos problemas."

Mostro-me triste por um rapper e produtor de Rap dizer tamanho disparate em emissão nacional, isto só vem mostrar que o mesmo não conhece o Rap do submundo ou não fazia ideia do que falava. Se ele assim pensa, então porquê que o mesmo disponibilizou instrumentais para o álbum de Mc K e participou no álbum do Bob da Rage Sense?

Não se percebe como é que alguém pode mostrar tal bicefalia, como alguém pode mudar de cara tão rápido, como alguém não mostra respeito a estas pessoas com quem o mesmo já laborou. Sei que da mesma opinião partilham, muitos outros rappers que andam, cantam e comem com os undergrounds, será isso falsidade, hipocrisia?

Sinceramente também não sei, só sei que estes rappers não deviam tentar buscar maior credibilidade desta maneira, deviam é dar crédito ao que os outros fazem para que os outros crediblizem o que eles fazem, deviam respeitar os outros Mcs para que os outros também os respeitem, não é desta maneira que passaremos a vender mais na portaria, nem muito menos é desta maneira que faremos o hip-hop nacional crescer.
Transmissor.

Era de nossa vontade disponibilizar agora para download, o freestyle do supracitado com a participação de Mc K, publicado na primeira edição da Masta K (2002). Mas por razões alheias a nós não foi possível.

Baixem então esta MÚSICA de Bob da Rage Sense com a participação do mesmo, no tempo em que era (ou achava que era) underground.

http://www.mediafire.com/?ih2zhmzdq5m

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

MADLÂNDIA

Quando em algum show ou qualquer outro meeting vires um gajo franzino com o chapeu enfiado ao máximo na tola, de tal modo que a pala esconde metade da face, nao tenhas dúvidas, trata-se de Mad Contrário, aquele que juntamente com Denexel forma(va) Hemoglobina.

Constou-nos que o mano juntou todos os gajos (e uma gaja) que já droparam em cima dos seus beats. Vamos ver o que sai dai.

Para quem desconhece o Wei, gala bem esse video (roubado a Samuraitv). É um making of do album Alegrias e Tristezas.


No Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=ydLozXUDTh0

J.I

VIDEO: Hugo Chavez a Rapar

Palavras pra quê?! As imagens dizem tudo...

J.I

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

ALBUM EM ANÁLISE: Hard-Core – Dji Tafinha


Sem sombras de dúvidas um hip hopper de mão cheia. Dji Tafinha é daqueles rappers que não hesitamos em chamar “artista”; excelente produtor, compositor inteligente e um vocalista que prima pela clareza na sua performance.

Hard Core. Não vamos , como fizeram-no alguns manos, julgar o disco pela capa (literalmente), dizendo que esta está simples demais. O design é simples sim, assim como o próprio artista. Um trabalho subtil de Action Nigga (apesar de estarmos ainda a tentar compreender o que significará a (o) front cover do mambo).

O que intriga-nos e à mais uns tantos é a “pressa” com que o artista lançou para o mercado a obra em causa. Sabemos que o Dji Tafinha de hoje ( que canta a enaltecer as “Bitchs”) não é o mesmo de ontem (quando paternalmente perguntava às mesmas se estas se conhenciam bem) e nada temos contra isso. Mas será que a mudança foi tão radical que o mesmo consciencializou-se de que a sua música agora é de tão rápido consumo, ou seja, descartável?!

Hard Core. O conteúdo não difere muito daquilo a que os rappers estão agora a habituar a sociedade: “eu sou”, “eu posso”, “tú és hatter”, etc, etc.

Hard Core. Hard core no ritmo, no beat, no flow (?), mas em termos de letras...Betinho mesmo é betinho, sem ofensa.

Ainda assim é um disco que vale a pena ter em casa, vale a pena comprar e oferecer à alguem. Bem haja Dji Tafinha, bem haja Hip Hop.

J.I

Baixem e curtam a música O Mundo é Teu

http://www.mediafire.com/?ozhjfqktmtz


E por falar em hard core, sintam tambem este som de Ikonoklasta, Hardcore. Com Das Primeiro e Conductor

http://www.mediafire.com/?uwmnzgywjtw

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

VIDEO: Mc K - Doenças da Vaidade

Curtam este video montado por mim. O som é do grande disco, Trincheira de Idéias.


Assistam ao mambo no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=niEgYEpjT1w

J.I

O QUE ENCONTRARÁS NESTE BLOG

Mais do que um blog de partilha de música e vídeos, este constituirá um ponto de confluência e de exposição de ideias de hip hoppers. Assim, teremos entrevistas; um espaço de crítica (análise) à álbuns; publicação de amostras de beats para os interessados entrarem, posteriormente, em contacto com o respectivo produtor e acertarem se vai rolar kumbú ou não (primamos que não); cobertura de eventos; enfim... Melhor será estarem sempre ligados. Paz

J.I

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

BEM VINDOS AO «O PROJECTO»

Aqui se inicia O Projecto que responde pelo nome de Balumukenu Hip Hop. este tem por objectivo difundir aspectos inerentes à cultura Hip Hop e relevantes socialmente. Referimo-nos, pois, à músicas, eventos recreativos, palestras e outros encontros, bem como dar voz à todo e qualquer hip hopper que tenha necessidade de divulgar algum projecto ou variante mencionada acima.
ATENÇÃO: Balumukenu Hip Hip não se resume à este blog; este é pois o início deste grande (O) Projecto que posteriormente dará azo à boletins informativos (quiçá revistas), coletãneas de música, mix-tapes, realização de eventos, programa (s) de rádio (quiçá de televisão).
O Projecto surgiu como consequência da insatisfação, de nossa parte, para com alguns hip hoppers que estando na posição de divulgadores de Hip Hop, guiam-se unicamente pelo "amiguismo" e pela bajulação (vocês sabem quem são). Cansamo-nos!
Achando-mo-nos habilitados e com capacidade para criar as condições necessárias, nasceu O Projecto, não ppor uma questão pessoal; mas visando abarcar os interesses de toda a Comunidade Hip Hop. À frente dele estou eu, Jorge Intelekto (J.I) & Transmissor.
O Projecto é recém-nascido mas já contamos com colaboradores no Brasil (Mano Baxaxa), Namibe (C'C - Digit Music), África do Sul (Autopsiah) e Holanda (Brando).
Que a Comunidade receba de braços abertos este nosso humilde contributo para o seu engrandecimento. Bem-haja Balumukenu Hip Hop.