domingo, 5 de janeiro de 2014

ÁLBUM EM ANÁLISE: "Luz do Túnel" - Agente Supremo


Dia 22  de Dezembro do ano transacto, o mercado discográfico viu a nascer mais uma obra discográfica: “Luz do Túnel” de Agente Supremo, sob tutela e concepção de uma equipe que se mostra responsável e interveniente na veia artística do estilo menos virtuoso de uma sociedade cheia de estigmatização. Mas somos nós uma juventude abaixo do prédio aguçado da visão urbana, do tédio e com missão de ouvir e analisar cada obra desta vasta comunidade.


Uma concepção gráfica simples e que nos retorna até a já arcaica moldagem das letras na capa, fotografia ilustrativa e fundamentada pelo Álbum. Produtores conceituados no nosso mercado e também participações exteriores, como dos renomeados portugueses Sam The Kid e DJ Nelassassin. Captada, misturada e masterizada num daqueles estúdios que é dos melhores,  a obra leva-te a uma odisseia de  62 minutos de musica agradável que desperta-te ao revés de uma visão nebulosa, alertando e declarando-se que a raiz do maior dos males são a Mídia e o Sistema (ainda subjectivo, em muitos dos temas perde-se  na pluralidade).

Rimas ricas e vocábulos instrumentalizados em linguagem técnica, acabam por se figurar a lógica poética deste rapper. Assim sendo, seu alvo é Seleccionado, ou pelo menos é o que a opinião pública normalmente diz (quando a linguagem não é corrente ”terra –á-terra”).


Transportador de uma boa dicção e flow aceitável, caracteriza-se mais pela miudez da poesia e arquitectura excêntrica, do que pelo aprofundar dos conceitos explanados.

Como o que é normalmente visto e ouvido na música Rap, não escapou dos adjectivos auto proclamados, defendendo ser autêntico escravo da verdade.

Os temas coleccionam imaginações ilusórias e irrealístas, o que contrasta com a fusão poética da opinião sócio-politica.

Nota: o refrão  da musica "Ciclo Problemático", escutei em vários aparelhos na ânsia de percebe-lo, mas parece ter havido algum problema técnico na produção (ou será propositado?), pois sinto distorção na voz.

Se ainda não adquiriu esta obra, não perca mais tempo, pois, como todo álbum aqui analisado, vale a pena ter na colecção.

Bem haja Agente Supremo, Bem haja Hip Hop.


Neurose

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