J.I:
Quem é o CC?
Carlos Miguel Csar:
Carlos César...Jovem Productor
J.I:
Não canta?
Carlos Miguel Csar:
Não!!!!!
J.I:
Há muitos produtores de RAP no Namibe?
Carlos Miguel Csar:
Digamos que : dos que assim se chamam produtores, são poucos...mas tem sempre muita gente a tentar fazer produções.
J.I:
Isso quer dizer que há pouca qualidade nas produções namibenses?
Carlos Miguel Csar:
hahahahahahahhahahhha!
É assim: o termo qualidade não está designado como ser ou não ser produtor.
Qualidade é muito abrangente para o que um músico realmente procura, mas segundo os Rappers cá da zona e segundo o que se faz cá em Angola, digo sem medo de errar que a DigitMusic está a postos.
J.I:
DigitMusic é a sua produtora, fale-nos um bocadinho sobre ela
DigitMusic sou eu e eu sou a DigitMusic.
Nos Dias de hoje ja se ouve com qualidade Beat, sons, e Músicas feitas com o mínimo de instrumentos e o Máximo de Magia, arte e amor.
A Digit está ainda a dar os seus passos miúdos, mas é aposta minha fazer da DM uma Produtora a 1000%.
A DM é a semelhança de muitos Homestudios que existem em Angola: fazer de um Room, o espaço pra se criar verdadeiras obras de arte.
J.I:
Tem sido muito solicitada pelos Rappers namibenses? Há muitos rappers no Namibe?
Carlos Miguel Csar:
Rappers aqui é que nem crianças no infantário.
Rappers existem em qualquer parte tanto porque a sociedade assim o faz e tanto porque quer assim o ser.
A Digit é procurada com regularidade, mas as vezes a falta de tempo por minha parte tem sido impedimento pra muita coisa.
24 horas é pouco pra mim!
Trabalho,escola e Digit.
As vezes um dos 3 cenários é sacrificado.
J.I:
Tem acompanhado o movimento Hip Hop de Luanda?
Carlos Miguel Csar:
+ ou -...
J.I:
Qual a opinião que tem sobre ele?
Carlos Miguel Csar:
O mov Hip Hop em Luanda é "quente".
Dentro de um Game do género se espera tudo: desde boas jogadas até as falcatruas que fazem as vezes as pessoas que stão fora do mov perceberem o mov em outra dimensão.
Mas a larga escala que luanda tem no que diz respeito a Mcs, produtoras,Músicos e etc...fazem daquele mov um bom campo de batalha.
Digamos q o Mov tá noutra Galáxia, mesmo havendo Mc que ja não fazem Hip Hop e nem Rap....passaram disso pra outros patamares que nem deviam ser chamados de Mcs ou Rappers
O Hip Hop evolui!!!!
tudo bem.
Mas o Hip Hop não pode nunca ser comparado ao Fado, figuradamente falando.
J.I:
O Movimento em Luanda está então, a seu ver, num estado positivo?
Carlos Miguel Csar:
Simmmmmmm e Não.
J.I:
Como assim?
Carlos Miguel Csar:
Sim pois ainda existem Rappers de raça, aqueles que realmente sabem que Hip hop é o Mc,o DJ,o B.Boy e o grafiteiro e não apenas vender copias na Portaria.
E Não por aqueles querem ofuscar o Mov.
J.I:
E o “Mov” No Namibe, tá mais pra SIM ou pra NÃO?
Carlos Miguel Csar:
pra NÃO....
J.I:
Porquê?
Carlos Miguel Csar:
Bem, as cenas as vezes parecem fáceis mas depois são complicadas.
Uma das coisas que influencia negativamente o movimento aqui são os poucos espectáculos de Hip Hop....e quando acontecem não saem a 100%.
Outra coisa que deveria influenciar Positivamente o mov, seria a vinda de Mcs pra aqui. Por exemplo: aqui raramente se vê um espectaculo de Rappers Nome em Angola, raramente se tem cds originais a venda. E isso é negativo.
J.I:
Sente q há por parte dos Rappers Nome em Angola um "abandalho" para com o Namibe?
Carlos Miguel Csar:
Não é bem assim, as vezes é necessário q as pessoas que promovem espectáculos pensem nisso.
O Rapper pode até pensar em ir ao sul, mas se a organização do evento assim não definir: NADA FEITO!
J.I:
Não temos notícia de nenhum disco, mixtape ou qualquer outra compilação lançada no Namibe. Estamos certos?
Carlos Miguel Csar:
Sim. Não há algum registo até então de nenhuma mix ou album trabalhado cá no Namibe. Mas já estão algumas em execução.
J.I:
Já vão um bocado atrasadas, não acha?
Carlos Miguel Csar:
Correcto, antes tarde do q nunca.
J.I:
Pode adiantar nomes?
Carlos Miguel Csar:
Lil gil tcc Number One o filho da DigitMusic
Tambem ja está com as rimas afiadas.
Muito mais os rappers em 2009 vieram com outras filosofias.
Pois muitos deles viajaram para outros pontos do País e viram q a realidade do Game( Mov) era bem diferente.
J.I:
Qual o tipo de RAP que predomina aí no Namibe?
Carlos Miguel Csar:
UNDERGROUND.
No inicio é sempres assim mas muitos deles ja estão a tentar fazer diferente.
J.I:
E o Carlos Csar, enquanto produtor, faz distinção entre uns e outros?
Carlos Miguel Csar:
Naaaaaaaaaaa, eu tento dar o meu apoio em tudo e todos.
Tudo bem, eu tenho as minhas preferências mas to aberto a tudo
e Os Rappers de cá sabem disso.
J.I:
Existe uniformidade nos preços praticados pelos produtores?
Carlos Miguel Csar:
Não! os preços são variáveis mas muito próximos uns dos outros.
J.I:
Acessíveis ao mais simples dos rappers?
Carlos Miguel Csar:
Acho q sim!
J.I:
Qual a comparação que faz, em termos de qualidade, entre as produções da DigitMusic e as produções mais badaladas de Luanda?
Carlos Miguel Csar:
São diferentes, mas não tão distantes.
J.I:
Quais são os planos de Carlos Csar enquanto CEO da DigitMusic, no médio e longo prazo?
Carlos Miguel Csar:
A Médio prazo: lançar mixtapes.
A Longo Prazo: Fazer da DigitMusic um espaço de Peso na Produção Musical
J.I:
Uma palavra a todos os rappers namibenses que tiverem acesso à esta entrevista
Carlos Miguel Csar:
Muita Força Manos, Depois da tempestade vem a Bonança.
A Música Liberta-te.
J.I:
E últimas considerações (gerais)
Carlos Miguel Csar:
Hip Hop é para manos com raça.
Obrigado pela Entrevista e J.I continua a fazer o teu Trabalho.
One Love for everybody.
J.I:
Tá-se bem. Paz e sucessos!
http://www.mediafire.com/?hazyn1znnyt
J.I
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