BH - Fala-me do Raptitivo, a característica do álbum, assim como a sua concepção.
HI: Raptitivo é uma homenagem a todos injustiçados pela oligarquia, cleptocracia e nepotismo do partido no poder, até porque são as três palavras mais usadas e cantadas nesta obra.
Tudo começou com a prisão dos 15+2, as vigílias em solidariedade aos mesmos e os abusos da Polícia Nacional Angolana em querer fazer boa figura aos olhos do magnata.
A ideia é passar a mensagem de modos a despertar o povo desta cegueira recorrente, que já criou raízes por aqui. As duas músicas promocionais são estas: In dubio pro reo e Quid Juris.
BH - Quantas Faixas tem o álbum?
HI: 8 faixas
BH - Quanto tempo demorou a ser gravado e que fim será dado depois de concluído toda parte técnica?
HI: Vou comercializar., As gravações duraram um mês, foi tudo rápido em função da raiva que eu tinha do sistema politico do meu país.
BH - Quem foram os parceiros (Convidados) para este projecto?
HI: Produtores: Eduardo Siddhartha, Handroid H. Participações: Raúl Danda, Marcolino Moco, Samora Machel, Paulo Flores, Massano Jr, Concepção gráfica de And K.
BH - Riso... Fala sério?
HI: Sério, esqueci a voz do povo.
BH - okay, Já tem data Prevista para o lançamento?
HI: Ainda não tenho uma data para a venda, mas está tudo preparado para final deste ano, eis a razão das promos. E tudo indica que será para final de Dezembro, tipo prenda de Natal. Repito final de Dezembro.
BH - Vejo duas faixas de recurso a linguagem técnica de Direito e expressão oriunda do Latim, será este o padrão que trás o álbum e se sim porque desta particularidade?
HI: Nem por isso, em função dos atropelamentos dos direitos humanos e direitos fundamentais que a sociedade angolana tem vindo a registar, eu pessoalmente me centralizei nisso e decidi falar para as pessoas sobre isso.
BH - Raptitivo porque?
HI: Raptitivo = Repetitivo. Muita gente falou, e falou bem, mas como poucos entenderam, então eu tive de repetir.
BH - Um repetição atráves do Rap.
HI: Sim, Há uma música com este título no projecto, Raptição.
BH - Em termos de satisfação, O que achas do Álbum? como artista e como ouvinte.
HI: Este EP é tudo que eu quero, este EP tem tudo que eu quero, este EP traz um Hebo Imoxi mais político, mais activista social, mais radical, como diz o lema dos Filhos da Ala Este: Política pura em Rap sem mistura.
BH - Vejo que diferente dos dois primeiros trabalhos, não trazes nenhum elemento do grupo nas participações. É algo premeditado ou a exigência do trabalho o obrigou a isto?
HI: A princípio era para gravar apenas duas músicas em homenagem aos 15+2, mas depois alguns amigos também se reviram na causa e opinaram que duas músicas era muito pouco para uma homenagem digna dos 15+2.
Sim, foi o desenho traçado para este projecto.
BH - Qual a diferença entre este trabalho e os dois primeiros?
HI: O "Calado mas não mudo" foi a minha estreia em 2010, meio inexperiente, meio confuso, com um certo medo, mas com uma temática bastante poética e social. O "Griotologia" foi outro nível, uma autêntica viagem pela vasta história do continente berço.
O Raptitivo é diferente dos dois projectos anteriores, apenas por ser político. Eu a solo, não sou político como sou no meu grupo pelo contrário, eu a solo tenho outras tendências, outras preferências, mas no Meu grupo eu tenho de ser político, porque esta é a linha de raciocínio do meu grupo, é aí onde muitos de nós cresceu e conseguiu forjar a sua personalidade.
BH - Para fechar, que expectativa tens de pessoal ao escutar o Raptitivo?
HI: Despertar, Espero que o povo desperte.
Deixamos aqui o link das duas promos para os aros leitores poderem avaliar o que vem para este discurso de Hebo Imoxi.
Baixa
Shia neurose
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