terça-feira, 31 de março de 2009

COMUNICADO:


A Tha Real G Records, vem por este meio informar e desculpar-se ao publico pelo adiamento da data oficial das vendas do album de Keith-B. Pessoal as nossas sinceras desculpas pelo adiamento da data da venda em Angola que estava prevista para 19 de marco que agora passara para Abril+ sem dia oficial ainda. E com muita indignacao que o musico Keith-B e a editora Tha Real G anunciam esta inesperada mudanca. o album nao vai poder estar nas lojas na data marcada, por motivos de demora do prcesso de legalizaçao físcal. A mercadoria ja esta na Capital Angolana a várias semanas + o processo de desalfandegação da mercadoria esta ser mais demorado do que o previsto. Atendendo ao fluxo de nivel de importação do país, o processo torna se lento e demorado. As nossas sinceras desculpas, pessoal. + nao podemos... e nem temos poder para passar por cima da Lei. Agradecemos desde já a vossa Compreensão e assim que o "Number One" se livrar das garras da alfandega, ainda antes de abril acreditamos nós, anunciaremos uma nova data oficial para as vendas do album.



O dread a confirmar que o seu disco não é fantasma



A distribuicao na Inglaterra está a cargo da editora Inglesa Fat City Records, Tha Real G e possivelmente a partir de Maio. Já agora para os manos e manas residentes em pontos ou países onde a nossa editora nao actua Podem comprar o album online em http://www.fatcity.co.uk/sales/ ( worldwide delivery avaiable).

As nossas desculpas

Ass: Keith-B & Bruno Dc



VIDEO: Nganga Wa Mbote no Salão Verde

Nanga interpreta um clássico de seu ex companheiro de grupo ( Revú 3ª Essência tcc keita Mayanda).



J.I

quarta-feira, 25 de março de 2009

CONHEÇA-TE A TI MESMO

Todos nós, enquanto criadores, estamos sujeitos às influências. É preciso porém, estabelecer os limites dessas influências no processo de criação.

Não é preciso ser sociólogo ou qualquer outro analista social, para constatar que o Hip Hop que se faz em Angola não possui uma identidade (própria). E isto deve-se, a nosso ver, a não observância por parte dos hip hoppers de um dos pilares ideológicos desta cultura: o auto-conhecimento.

A arte é antes de tudo a exteriorização d’aquilo que vai no âmago de quem a produz. Quando o criador ignora deliberadamente os elementos que constituem a sua realidade, a sua obra resultará, deveras, vazia e infundada.

É exactamente assim que vemos a maior parte do RAP que se faz em Angola. Os rappers não se conhecem a si mesmos. Fazem músicas nas quais eles próprios não se revêem, quanto mais nós, seus ouvintes.

Passou a moda dos "revús vs playas", agora estamos na onda dos "gangstars", "beefeiros" e "punchlinners" (é assim que se escreve, né?!)… E assim vão caminhando os rappers, sempre atrás do que está a bater, mas nunca perseguindo aquilo que realmente são.

É preciso ser-se livre e o primeiro passo para se alcançar tal estágio é conhecer-se a si mesmo.

É necessário transpirar a nossa realidade nas músicas, para que passemos então de Hip Hop feito em Angola para Hip Hop angolano.


Se posuirmos uma identidade própria, granjearemos de respeito e mais difícil se tornará sermos ridicularizados desta forma:




A propósito de se conhecer a si mesmo, faça download da música Fala, extraída do Projecto Página Aberta, clicando no link abaixo:
J.I

segunda-feira, 16 de março de 2009

MÚSICAS A BORLIÚ:

Mais uma remessa de músicas raríssimas para vós "downloadares" e vos deleitares:


* Mos Mc's - Grande L(eonardo Wawuti)
Um verdadeiro clássico, do primeiro disco angolano de RAP independente editado, Basicamente Simples. É um recado aos rappers "americanoides" com comportamentos à leste da nossa cultura, realidade, nosso tuta...

Clica no link pra "downloadar":



* Apelu à Koerência - Visão Periférica
Um música com um forte carácter político. Um Apelo a coerência num discurso coerente sem descorar o flow e o seu perfeito enquadramento da no beat.

Clica no link pra "downloadar ":



* Demo - Phay Grand
Uma apresentação de músicas que farão parte do seu próximo álbum.

Clica no link pra "downloadar":



* Alienação Mental - Supremo Regimento c/ Mc K
Uma música que retrata a nossa aderência à hábitos e costumes estrangeiros em detrimento dos nossos. Aparição de Mc Katrogipolongopongo no seu estilo peculiar.

Clica no Link pra "downlodar":



* O Liricista - Dji Tafinha
Um som onde Dji Tafinha exibe todo o seu poder lírico. Uma música que apesar de não constar em nenhum dos seus discos lançados vale mesmo a pena ter na colecção

Clica no link pra "downloadar":



* Angola - Kalisto
Um brinde que apela aos angolanos a erguerem a cabeça e correr atrás da verdadeira independência.Uma música que contém extractos de um discurso de Jonas Savimbi.

Clica no link pra "downloadar":



J.I

terça-feira, 10 de março de 2009

VÍDEOS

Dji Tafinha c/ Valete - Sou eu Mesmo Sempre




Analógicos - Speed Life




J.I

sexta-feira, 6 de março de 2009

ENTREVISTA: Carlos Csar tcc CC (DigitMusic)

Sim, Angola não é só Luanda! E abordar sobre o Hip Hop angolano significa não circunscrever-se ao circuito luandense.

Mantivemos uma conversa com Carlos Csar ou simplesmente CC, um dos produtores mais badalados da província do Namibe, pela DigitMusic, a sua produtora. Passamos a saber mais sobre a sua label e a medir a pulsação do movimento Hip Hop naquela província.


J.I:
Quem é o CC?

Carlos Miguel Csar:
Carlos César...Jovem Productor

J.I:
Não canta?

Carlos Miguel Csar:
Não!!!!!

J.I:
Há muitos produtores de RAP no Namibe?

Carlos Miguel Csar:
Digamos que : dos que assim se chamam produtores, são poucos...mas tem sempre muita gente a tentar fazer produções.

J.I:
Isso quer dizer que há pouca qualidade nas produções namibenses?

Carlos Miguel Csar:
hahahahahahahhahahhha!
É assim: o termo qualidade não está designado como ser ou não ser produtor.
Qualidade é muito abrangente para o que um músico realmente procura, mas segundo os Rappers cá da zona e segundo o que se faz cá em Angola, digo sem medo de errar que a DigitMusic está a postos.

J.I:
DigitMusic é a sua produtora, fale-nos um bocadinho sobre ela


Carlos Miguel Csar:
DigitMusic sou eu e eu sou a DigitMusic.
Nos Dias de hoje ja se ouve com qualidade Beat, sons, e Músicas feitas com o mínimo de instrumentos e o Máximo de Magia, arte e amor.
A Digit está ainda a dar os seus passos miúdos, mas é aposta minha fazer da DM uma Produtora a 1000%.
A DM é a semelhança de muitos Homestudios que existem em Angola: fazer de um Room, o espaço pra se criar verdadeiras obras de arte.

J.I:
Tem sido muito solicitada pelos Rappers namibenses? Há muitos rappers no Namibe?

Carlos Miguel Csar:
Rappers aqui é que nem crianças no infantário.
Rappers existem em qualquer parte tanto porque a sociedade assim o faz e tanto porque quer assim o ser.
A Digit é procurada com regularidade, mas as vezes a falta de tempo por minha parte tem sido impedimento pra muita coisa.
24 horas é pouco pra mim!
Trabalho,escola e Digit.
As vezes um dos 3 cenários é sacrificado.


J.I:
Tem acompanhado o movimento Hip Hop de Luanda?

Carlos Miguel Csar:
+ ou -...

J.I:
Qual a opinião que tem sobre ele?

Carlos Miguel Csar:
O mov Hip Hop em Luanda é "quente".
Dentro de um Game do género se espera tudo: desde boas jogadas até as falcatruas que fazem as vezes as pessoas que stão fora do mov perceberem o mov em outra dimensão.
Mas a larga escala que luanda tem no que diz respeito a Mcs, produtoras,Músicos e etc...fazem daquele mov um bom campo de batalha.
Digamos q o Mov tá noutra Galáxia, mesmo havendo Mc que ja não fazem Hip Hop e nem Rap....passaram disso pra outros patamares que nem deviam ser chamados de Mcs ou Rappers
O Hip Hop evolui!!!!
tudo bem.
Mas o Hip Hop não pode nunca ser comparado ao Fado, figuradamente falando.


J.I:
O Movimento em Luanda está então, a seu ver, num estado positivo?

Carlos Miguel Csar:
Simmmmmmm e Não.

J.I:
Como assim?

Carlos Miguel Csar:
Sim pois ainda existem Rappers de raça, aqueles que realmente sabem que Hip hop é o Mc,o DJ,o B.Boy e o grafiteiro e não apenas vender copias na Portaria.
E Não por aqueles querem ofuscar o Mov.

J.I:
E o “Mov” No Namibe, tá mais pra SIM ou pra NÃO?

Carlos Miguel Csar:
pra NÃO....

J.I:
Porquê?

Carlos Miguel Csar:
Bem, as cenas as vezes parecem fáceis mas depois são complicadas.
Uma das coisas que influencia negativamente o movimento aqui são os poucos espectáculos de Hip Hop....e quando acontecem não saem a 100%.
Outra coisa que deveria influenciar Positivamente o mov, seria a vinda de Mcs pra aqui. Por exemplo: aqui raramente se vê um espectaculo de Rappers Nome em Angola, raramente se tem cds originais a venda. E isso é negativo.

J.I:
Sente q há por parte dos Rappers Nome em Angola um "abandalho" para com o Namibe?

Carlos Miguel Csar:
Não é bem assim, as vezes é necessário q as pessoas que promovem espectáculos pensem nisso.
O Rapper pode até pensar em ir ao sul, mas se a organização do evento assim não definir: NADA FEITO!


J.I:
Não temos notícia de nenhum disco, mixtape ou qualquer outra compilação lançada no Namibe. Estamos certos?

Carlos Miguel Csar:
Sim. Não há algum registo até então de nenhuma mix ou album trabalhado cá no Namibe. Mas já estão algumas em execução.


J.I:
Já vão um bocado atrasadas, não acha?

Carlos Miguel Csar:
Correcto, antes tarde do q nunca.

J.I:
Pode adiantar nomes?


Carlos Miguel Csar:
Mozart tcc Pappy G está agora a trabalhar na sua mix.
Lil gil tcc Number One o filho da DigitMusic
Tambem ja está com as rimas afiadas.
Muito mais os rappers em 2009 vieram com outras filosofias.
Pois muitos deles viajaram para outros pontos do País e viram q a realidade do Game( Mov) era bem diferente.

J.I:
Qual o tipo de RAP que predomina aí no Namibe?

Carlos Miguel Csar:
UNDERGROUND.
No inicio é sempres assim mas muitos deles ja estão a tentar fazer diferente.

J.I:
E o Carlos Csar, enquanto produtor, faz distinção entre uns e outros?

Carlos Miguel Csar:
Naaaaaaaaaaa, eu tento dar o meu apoio em tudo e todos.
Tudo bem, eu tenho as minhas preferências mas to aberto a tudo
e Os Rappers de cá sabem disso.

J.I:
Existe uniformidade nos preços praticados pelos produtores?

Carlos Miguel Csar:
Não! os preços são variáveis mas muito próximos uns dos outros.

J.I:
Acessíveis ao mais simples dos rappers?

Carlos Miguel Csar:
Acho q sim!

J.I:
Qual a comparação que faz, em termos de qualidade, entre as produções da DigitMusic e as produções mais badaladas de Luanda?

Carlos Miguel Csar:
São diferentes, mas não tão distantes.

J.I:
Quais são os planos de Carlos Csar enquanto CEO da DigitMusic, no médio e longo prazo?

Carlos Miguel Csar:
A Médio prazo: lançar mixtapes.
A Longo Prazo: Fazer da DigitMusic um espaço de Peso na Produção Musical

J.I:
Uma palavra a todos os rappers namibenses que tiverem acesso à esta entrevista

Carlos Miguel Csar:
Muita Força Manos, Depois da tempestade vem a Bonança.
A Música Liberta-te.

J.I:
E últimas considerações (gerais)

Carlos Miguel Csar:
Hip Hop é para manos com raça.
Obrigado pela Entrevista e J.I continua a fazer o teu Trabalho.
One Love for everybody.

J.I:
Tá-se bem. Paz e sucessos!


Agora baixem e curtam este som produzido pelo dread:


http://www.mediafire.com/?hazyn1znnyt



J.I

segunda-feira, 2 de março de 2009

VIDEO: Doctor C no Salão Verde

Performance do rapper que responde pelo nome de Doctor C. Muito forte...



J.I